Sobre
Olá, sou Rubens Augustus da Costa e Castro, cidadão luso-brasileiro, natural de São Paulo, casado há 30 anos e pai de um casal de filhos. Sou graduado em Tecnologia de Computação (1976) pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, de São José dos Campos/SP, Administração de Empresas (1983) pela Universidade Mackenzie, São Paulo/SP.
Trabalhei em bancos, empresa de construção civil, ensino superior e saúde, como gerente de negócios e câmbio, administrador de empresas, analista de sistemas, analista de negócios e gerente de TI.
Sou artista plástico digital há mais de 20 anos, com participação em exposições individuais e coletivas, salões de artes dentro e fora do Brasil e algumas premiações.
2024
Participação no IV Prêmio Arte e Literatura USP 60+
2019
Monochrome Awards 2019 – Abstract Honorable Mentions (Amateur)
https://monoawards.com/winners-gallery/monochrome-awards-2019/amateur/abstract/hm/11221
2017
Participação no 5º Salão de Outono da América Latina
2015
Participação no 3º Salão de Outono da América Latina
2013
Participação no 1º Salão de Outono da América Latina
2006
Participação no painel AVIDA, do Grupo Art Life Brasil para a nova ala
do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, fevereiro.
2005
Pioneiro na impressão de imagens digitais sobre aço inox com
polimento espelhado.Exposição individual “Eco-lógicas”, Espaço Cultural do Banco Central
do Brasil, São Paulo – SP, julho.Exposição coletiva “Cardápios Únicos”, Hotel Mélia Confort –
Higienópolis, São Paulo, SP, fevereiro;Participação no Concurso internacional “the MOCA digital art contest
2005”, Museum of Computer Art , New York, USA, Janeiro;
2004
Exposição individual beneficente em prol da AbrELA, “Cubos – obras de
arte social”, Cultural Blue Life, São Paulo – SP, Novembro;Exposição coletiva “Independência”, Casa da Fazenda do Morumbi, São
Paulo, SP, Setembro;Exposição coletiva “I Congresso Mundial de Gestão Coletiva de Direito
Autoral” da AUTVIS, Cultural Blue Life, São Paulo, SP, Setembro;Exposição coletiva do “Dia Nacional das Artes”, em conjunto com a
exposição de obras e giclées do pintor Aldemir Martins, Casa da
Fazenda do Morumbi, São Paulo, SP, agosto/setembro;Participação no “X Concurso de Artes Livre Saint Germain”, Maison
Saint Germain, São Paulo, SP, agosto;Exposição individual “Azul 45 – formas e cor”, Mercearia São Roque,
São Paulo, SP, Junho/2004;Exposição individual “Binários – da razão à emoção”, Hotel Mélia
Confort – Higienópolis, São Paulo, SP, Junho/2004;“the MOCA digital art contest 2004”, Museum of Computer Art , New
York, USA – abril/2004;
2003
Participação no “IX Concurso de Artes Livre Saint Germain”, Maison
Saint Germain, São Paulo, SP, agosto/2003;
Prêmios
Medalha de Ouro no “I Salão Nacional G. Matteo de Arte”, na Casa de
Portugal, São Paulo, SP, 2005, com a obra “TR I 049”, categoria Arte
Digital.Medalha de Prata no “X Concurso de Artes Livre Saint Germain”, na
Maison Saint Germain, 2004, São Paulo, SP, conferida pela “Academia
de Letras e Artes de Paranapuã” aos melhores artistas do Salão, com a
obra “CR 002”;Medalha de Prata no “IX Concurso de Artes Livre Saint Germain”, na
Maison Saint Germain, 2003, São Paulo, SP, com a obra “Nº 8” – “A
008”, na categoria Arte Digital;
Exposições, Salões de Artes, Prêmios e outras informações
Breve explicação sobre o meu trabalho
A História da Matemática Fractal e Suas Aplicações
A matemática fractal é um ramo fascinante que estuda formas geométricas que se repetem em diferentes escalas, conhecidas como fractais. O termo "fractal" foi cunhado em 1975 pelo matemático Benoit Mandelbrot, que percebeu que muitas estruturas naturais, como montanhas, árvores, nuvens e até o sistema vascular humano, apresentam padrões repetitivos em diferentes níveis de detalhe.
Os fractais rompem com a ideia tradicional de formas regulares, como círculos, quadrados e triângulos, explorando estruturas irregulares e caóticas. Eles são criados por meio de equações matemáticas iterativas, que repetem processos simples para formar imagens extremamente complexas.
As aplicações da matemática fractal são vastas e diversificadas. Na natureza, ajudam a explicar fenômenos como o crescimento de plantas e o comportamento de sistemas climáticos. Na tecnologia, os fractais são usados em compressão de imagens, antenas de telecomunicação e até no design de chips eletrônicos. Em arte e design, a estética dos fractais é amplamente aproveitada para criar imagens e animações deslumbrantes.
Quem Foi Benoit Mandelbrot?
Benoit Mandelbrot (1924–2010) foi um matemático francês de origem polonesa, conhecido como o "pai dos fractais". Mandelbrot estudou em renomadas instituições como a Universidade de Paris e trabalhou nos Estados Unidos, incluindo no famoso laboratório da IBM.
Ele se destacou por aplicar métodos matemáticos para entender padrões complexos no mundo real, como os preços das ações e o comportamento das redes de rios. Sua maior contribuição foi a formalização dos fractais como uma nova maneira de observar o caos e a ordem em sistemas aparentemente desorganizados. A figura mais icônica associada a ele é o Conjunto de Mandelbrot, uma imagem fractal gerada por uma equação iterativa simples, mas que cria formas de complexidade infinita.
Como Funcionam os Programas Geradores de Imagens Fractais?
Os programas de geração de imagens fractais funcionam aplicando equações matemáticas em um ciclo repetitivo, chamado iteração. Esses programas interpretam os resultados das equações como cores e formas, que são desenhadas em uma tela virtual.
Por exemplo, ao criar o Conjunto de Mandelbrot, o programa atribui um número a cada ponto em uma grade, aplica a equação iterativa e verifica se o valor "explode" (vai para o infinito) ou se permanece estável. Dependendo do comportamento, cada ponto recebe uma cor, criando a famosa imagem colorida.
Com programas modernos, é possível ajustar parâmetros, escolher paletas de cores e até animar fractais, criando zooms infinitos que revelam novos padrões em cada nível de detalhe. Exemplos populares de software incluem Apophysis, Ultra Fractal e ferramentas baseadas em código, como o Python com bibliotecas especializadas.
A matemática fractal nos convida a observar o mundo com outros olhos, unindo ciência e arte de forma extraordinária. Estudar os fractais nos ajuda a entender melhor a natureza e, ao mesmo tempo, explorar a criatividade humana com ferramentas tecnológicas.
Coleção Eco-Lógicas
Uma Homenagem Visual à Natureza Brasileira
Eco-Lógicas, inspirada pela beleza e complexidade da Mata Atlântica – o bioma onde cresci no interior de São Paulo – é uma coleção que captura a essência e a força dos ecossistemas brasileiros. Cada imagem abstrata traduz o reino natural que preenche nossas paisagens, muitas das quais são frequentemente esquecidas. Essa série de obras de arte digital, inspirada nas formas fractais da natureza, busca unir a exuberância das florestas, rios e matas com a precisão matemática, criando composições que refletem tanto a beleza quanto a complexidade da nossa biodiversidade.
Nosso mundo não espera mais que preservemos a natureza por pura gentileza, mas por extrema necessidade. Serão necessárias políticas especiais impulsionadas pelo ativismo, liderança corporativa influente e engajamento individual dos cidadãos para garantir que a riqueza ambiental do Brasil permaneça nutrida e protegida.
Eco-Lógicas conecta-se diretamente aos valores de sustentabilidade e ESG, incentivando uma visão de mundo onde desenvolvimento e preservação caminham lado a lado. Convido você a entender essas paisagens abstratas, esperando que encontre o papel essencial que todos nós desempenhamos na preservação do nosso ecossistema. Que possamos valorizar e proteger o que é e sempre será o bem mais valioso do nosso planeta: a natureza brasileira.
ECO-LÓGICAS - RIO AMAZONAS
O Rio Amazonas é um dos maiores e mais importantes rios do mundo, tanto pela extensão quanto pelo impacto ecológico e econômico. Abrigando a maior bacia hidrográfica do planeta, ele percorre milhares de quilômetros, abastecendo comunidades e cidades, além de servir como rota de transporte essencial para a economia regional. As águas do Amazonas sustentam uma biodiversidade única, com espécies de flora e fauna raras, sendo vital para a manutenção do equilíbrio climático global. Sua rica vegetação e os recursos naturais são fundamentais para o ecossistema, além de sustentar milhares de famílias que vivem da pesca, do extrativismo e do turismo sustentável. Preservá-lo é crucial para a estabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia e do mundo.
NAUTA
IQUITOS
PEBAS
LETICIA
PUERTO
NARIÑO
TABATINGA
BENJAMIN
CONSTANT
ATALAIA DO
NORTE
AMATURÁ
TEFÉ
MANAUS
TABATINGA
ECO-LÓGICAS - RIO BONITO
Os rios de Bonito, em Mato Grosso do Sul, encantam por suas águas cristalinas e pela rica biodiversidade que abrigam, tornando a região um dos destinos ecoturísticos mais procurados do Brasil. Turistas do mundo todo visitam Bonito para mergulhar e flutuar em meio aos cardumes de peixes coloridos e para explorar grutas e cachoeiras de beleza incomparável. Esse turismo de natureza gera renda e emprego para a comunidade local, mas também destaca a importância da preservação ambiental. O cuidado com os rios é essencial para manter a qualidade das águas e a saúde dos ecossistemas, garantindo que futuras gerações possam desfrutar desse paraíso natural. A sustentabilidade em Bonito é um compromisso necessário para proteger um dos maiores tesouros do Brasil.
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
ECO-LÓGICAS - RIO SOLIMÕES
O Rio Solimões é o nome dado ao trecho inicial do Rio Amazonas no Brasil, que se estende desde a fronteira com o Peru até a cidade de Manaus, onde ele se encontra com o Rio Negro, formando o Amazonas propriamente dito. Esse trecho é conhecido por suas águas barrentas e ricas em sedimentos que vêm das montanhas andinas, contrastando com as águas escuras do Rio Negro no famoso Encontro das Águas.
O Rio Solimões percorre o estado do Amazonas e drena uma vasta região da floresta amazônica, sendo essencial para o transporte, economia e biodiversidade locais. Ele passa por várias cidades importantes, como Tabatinga e Tefé, e serve como uma rota de navegação crucial, além de sustentar comunidades ribeirinhas e indígenas com pesca, agricultura e acesso a recursos naturais.
QUAIQUE
TOCANA
ASSACAIO
EVARÉ
MACAPUANA
CATUIRA
AMATURÁ
PARAURÁ
TONANTINS
TIMBOTUBA
SURUBIM
MAPANA
Eco-Lógicas
Lençóis Maranhenses
Os Lençóis Maranhenses são uma das paisagens naturais mais espetaculares do Brasil e do mundo. Localizado no estado do Maranhão, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é formado por uma vasta extensão de dunas de areia branca que se estendem até onde a vista alcança, intercaladas por lagoas cristalinas que se formam durante a temporada de chuvas.
Esse fenômeno natural único cria um cenário de beleza surreal, onde o azul das lagoas contrasta com a brancura das areias, evocando a imagem de lençóis cuidadosamente estendidos. As lagoas, como a Azul e a Bonita, são alimentadas pelas águas das chuvas que se acumulam devido à impermeabilidade do solo arenoso.
O parque é também lar de uma rica biodiversidade e de comunidades tradicionais que vivem em harmonia com a natureza, preservando sua cultura e modos de vida. Os Lençóis Maranhenses representam uma expressão viva da força e da beleza da natureza brasileira, sendo uma eterna fonte de inspiração para artistas e visitantes.
Os nomes desta série de imagens foram cuidadosamente escolhidos para conectar a coleção Eco-Lógicas com a riqueza cultural e mística do Maranhão. Inspirados nas lendas, festividades e tradições populares da região, como o Tambor de Crioula e o Bumba Meu Boi, os títulos celebram as encantarias e o imaginário que fazem do estado um verdadeiro berço de histórias e símbolos únicos. Essa ligação entre arte e folclore cria um diálogo entre o natural e o cultural, exaltando a beleza das águas e paisagens brasileiras através da lente da tradição e da inovação artística.
Cada nome carrega a essência das margens dos rios e das comunidades que perpetuam essas histórias, simbolizando os ritmos, cores e mitos que fluem como os próprios cursos d'água. É um convite para explorar o Brasil profundo, onde a natureza e a cultura se entrelaçam.
Águas de Periá
Babaçu Encantado
Boi de Encantado
Cores de Itapecuru
Encantarias do
Maranhão
Encantos de São Luís
Festa do Divino
Fogueteiros do Norte
Lenda de
Pai Francisco
Magia de Guimarães
Pindaré Misterioso
Coleção Pôr do Sol
Vou te contar, foi coisa de arrepiar.
Há uns bons anos, um artista famoso — desses que são meio lenda viva, sabe? — radicado em Salvador, Bahia, postou uma foto do pôr do Sol sobre a Ilha de Itaparica.
Aquela visão era de lavar a alma.
E eu, como bom baiano que sou, não resisti a lembrar do meu próprio momento.
Lá estava eu, bem acomodado atrás do Farol da Barra, em mais uma das minhas várias andanças por Salvador.
O céu se vestia com aquele dourado preguiçoso, o sol mergulhando devagar, feito um sujeito que se despede com calma, como se dissesse: “Vá ficando por aí, eu volto amanhã.”
E eu ali, sem pressa, só recebendo aquela bênção de graça, que ninguém paga.
Porque pôr do Sol na Bahia é assim mesmo: é um presente que a gente só pode retribuir murmurando um “Graças a Deus.”
Foi desse sentimento — meio misturado de nostalgia e reverência — que nasceu essa coleção.
Téchne
A palavra "técnica" vem do grego "téchne" (τέχνη), que significa arte, habilidade, ou ofício. Na Grécia antiga, "téchne" era usada para descrever a capacidade de realizar uma tarefa com habilidade e conhecimento especializado, englobando não só as artes práticas, como escultura ou carpintaria, mas também o domínio de métodos e processos específicos para alcançar um determinado resultado.
Essa ideia evoluiu no latim, tornando-se "technica", e chegou ao português como "técnica", mantendo o sentido de aplicação prática de conhecimentos especializados. Hoje, o termo abrange diversas áreas e se refere ao conjunto de métodos e procedimentos usados em ciência, arte, indústria e outras atividades.
Eu, por vários motivos, gregos inclusive, vou usar essa palavra para nomear esta página, para trazer tópicos sobre Arte, Tecnologia e Ciência.
“O bater das asas de uma borboleta no Brasil pode causar um tornado no Texas”.
O Efeito Borboleta: este conceito central da teoria do caos, popularizado por Edward Lorenz, é exemplificado na obra Jurassic Park. A ideia é usada para ilustrar como pequenas variações nas condições iniciais podem levar a resultados imprevisíveis.
Essa foi a minha motivação, após ler o livro. Conhecer a Teoria do Caos:
Imprevisibilidade: A ideia de que pequenas mudanças nas condições iniciais de um sistema podem levar a resultados drasticamente diferentes;
Complexidade e Controle: sistemas complexos são difíceis de modelar e prever;
Sensibilidade às Condições Iniciais: Este conceito é central na teoria do caos, onde pequenas variações nas condições iniciais de um sistema podem levar a resultados drasticamente diferentes;
Criação de Fractais a partir da Teoria do Caos
Definição de Fractais:
Um fractal é uma estrutura que exibe auto-similaridade, ou seja, partes menores da estrutura se assemelham à forma total. Essa característica é fundamental para entender como os fractais se relacionam com sistemas caóticos.
Trabalho de Mandelbrot:
Benoit Mandelbrot, em seus estudos na década de 1970, explorou como formas complexas e irregulares podem ser descritas matematicamente. Ele introduziu o termo "fractal" para descrever essas formas, que muitas vezes aparecem em fenômenos naturais, como nuvens, montanhas e sistemas biológicos.
Atratores Estranhos:
Na teoria do caos, os atratores estranhos são conjuntos de pontos que representam o comportamento de sistemas dinâmicos caóticos. Esses atratores possuem estruturas fractais, onde padrões complexos emergem a partir de regras simples. A descoberta desses atratores ajudou a estabelecer uma conexão clara entre a teoria do caos e a geometria fractal.
Sensibilidade às Condições Iniciais: Um dos princípios centrais da teoria do caos é a sensibilidade às condições iniciais, onde pequenas variações podem levar a resultados drasticamente diferentes. Essa propriedade é refletida nas estruturas fractais, onde mudanças mínimas nas condições podem resultar em padrões complexos e variados
Aplicações Práticas: Os fractais têm aplicações em diversas áreas, incluindo gráficos computacionais, modelagem de fenômenos naturais e até mesmo na previsão meteorológica. Eles ajudam a representar e entender a complexidade dos sistemas caóticos que não podem ser descritos por métodos tradicionais
Os fractais rompem com a ideia tradicional de formas regulares, como círculos, quadrados e triângulos, explorando estruturas irregulares e caóticas. Eles são criados por meio de equações matemáticas iterativas, que repetem processos simples para formar imagens extremamente complexas.
As aplicações da matemática fractal são vastas e diversificadas. Na natureza, ajudam a explicar fenômenos como o crescimento de plantas e o comportamento de sistemas climáticos. Na tecnologia, os fractais são usados em compressão de imagens, antenas de telecomunicação e até no design de chips eletrônicos. Em arte e design, a estética dos fractais é amplamente aproveitada para criar imagens e animações deslumbrantes.
Em 2002, alunos de pós-graduação da UFPR publicaram o “Uso de Fractais na análise de fragmentação de uma floreta através de imagens de satélite”.
Apesar de não ter sido formalmente reconhecida com um Nobel, a teoria do caos revolucionou a maneira como entendemos a complexidade e a imprevisibilidade nos sistemas naturais e sociais. Seu impacto é evidente em áreas como:
Previsão meteorológica
Dinâmica de populações
Modelagem econômica e financeira
Biologia evolutiva
Engenharia de sistemas complexos
Quem Foi Benoit Mandelbrot?
Benoit Mandelbrot (1924–2010) foi um matemático francês de origem polonesa, conhecido como o "pai dos fractais". Mandelbrot estudou em renomadas instituições como a Universidade de Paris e trabalhou nos Estados Unidos, incluindo no famoso laboratório da IBM.
Ele se destacou por aplicar métodos matemáticos para entender padrões complexos no mundo real, como os preços das ações e o comportamento das redes de rios. Sua maior contribuição foi a formalização dos fractais como uma nova maneira de observar o caos e a ordem em sistemas aparentemente desorganizados. A figura mais icônica associada a ele é o Conjunto de Mandelbrot, uma imagem fractal gerada por uma equação iterativa simples, mas que cria formas de complexidade infinita.
Como Funcionam os Programas Geradores de Imagens Fractais?
Os programas de geração de imagens fractais funcionam aplicando equações matemáticas em um ciclo repetitivo, chamado iteração. Esses programas interpretam os resultados das equações como cores e formas, que são desenhadas em uma tela virtual.
Por exemplo, ao criar o Conjunto de Mandelbrot, o programa atribui um número a cada ponto em uma grade, aplica a equação iterativa e verifica se o valor "explode" (vai para o infinito) ou se permanece estável. Dependendo do comportamento, cada ponto recebe uma cor, criando a famosa imagem colorida.
Com programas modernos, é possível ajustar parâmetros, escolher paletas de cores e até animar fractais, criando zooms infinitos que revelam novos padrões em cada nível de detalhe. Exemplos populares de software incluem Apophysis, Ultra Fractal e ferramentas baseadas em código, como o Python com bibliotecas especializadas.
A matemática fractal nos convida a observar o mundo com outros olhos, unindo ciência e arte de forma extraordinária. Estudar os fractais nos ajuda a entender melhor a natureza e, ao mesmo tempo, explorar a criatividade humana com ferramentas tecnológicas.
O Que é a Dimensão Fractal?
A dimensão fractal é um conceito matemático usado para medir a complexidade de um fractal. Diferentemente da dimensão tradicional (como as dimensões 1D, 2D ou 3D que aprendemos na geometria), a dimensão fractal pode ser um número fracionário e reflete a forma como um objeto preenche o espaço em diferentes escalas.
Por exemplo:
- Uma linha tem dimensão 1 (preenche apenas uma direção: o comprimento).
- Um quadrado tem dimensão 2 (preenche duas direções: comprimento e largura).
- Um cubo tem dimensão 3 (preenche comprimento, largura e altura).
Já os fractais, por sua natureza irregular e auto similar (ou seja, que se repetem em diferentes escalas), possuem uma dimensão intermediária, que pode estar entre 1 e 2, entre 2 e 3, e assim por diante. Isso indica que eles ocupam "mais espaço" do que um objeto de dimensão inferior, mas "menos espaço" do que um objeto de dimensão superior.
Exemplos de Dimensão Fractal
- Linha de Koch: Uma curva fractal que parece uma linha, mas com dobras infinitas. Sua dimensão é aproximadamente \( 1.26 \), porque preenche mais espaço que uma linha reta, mas ainda não é uma superfície.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autossimilaridade
- Esponja de Menger: Um fractal 3D feito removendo partes de um cubo em cada iteração. Sua dimensão é aproximadamente \( 2.73 \), indicando que ela está entre uma superfície e um sólido.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esponja_de_Menger
Aplicações da Dimensão Fractal
A dimensão fractal é uma ferramenta prática para medir a complexidade de objetos naturais e sistemas. Alguns exemplos incluem:
- Geografia: Mede a rugosidade de montanhas e costas. A costa da Grã-Bretanha, por exemplo, tem uma dimensão fractal entre 1 e 2.
- Ecologia: Estuda a distribuição de árvores em uma floresta ou a estrutura de colônias de fungos.
- Medicina: Analisa a textura de tecidos no diagnóstico de doenças como câncer.
- Arte e Computação Gráfica: Avalia o detalhamento de imagens geradas por computador, especialmente em cenários realistas.
A dimensão fractal, portanto, é uma ideia poderosa que nos ajuda a entender melhor a complexidade de formas e padrões no universo.
Fractal? Que coisa é essa?
Dimensão Fractal nas Obras de J.S. Bach e Jackson Pollock
A dimensão fractal tem sido usada como ferramenta analítica para estudar padrões complexos em diversas áreas, incluindo música e artes visuais. Os trabalhos de Johann Sebastian Bach e Jackson Pollock são exemplos notáveis de como a dimensão fractal pode ser identificada em formas de expressão criativa que, à primeira vista, parecem ser puramente humanas e subjetivas.
1. J.S. Bach e a Dimensão Fractal na Música
Johann Sebastian Bach (1685–1750) foi um dos maiores compositores da história, conhecido por sua habilidade em criar estruturas musicais matematicamente precisas e artisticamente sublimes. Pesquisadores descobriram que algumas das composições de Bach exibem propriedades que podem ser analisadas em termos de fractais.
- Autossimilaridade na Música:
A música de Bach frequentemente apresenta padrões repetitivos em diferentes escalas. Por exemplo, em uma fuga, o tema principal (ou motivo) é repetido de forma transformada — invertido, acelerado, diminuído ou em outra tonalidade. Essa repetição em diferentes níveis da composição é análoga à autossimilaridade dos fractais.
- Análise Fractal de Ritmo e Melodia:
Pesquisas usando ferramentas computacionais mostraram que as mudanças de dinâmica, ritmo e intervalos melódicos em algumas obras de Bach têm características fractais, com uma dimensão fractal que pode ser calculada. Isso sugere que sua música é organizada de maneira não aleatória, mas com um equilíbrio entre ordem e complexidade.
- Harmonia Fractal:
A progressão harmônica em peças como as "Variações Goldberg" ou as fugas do "Cravo Bem Temperado" revela camadas de complexidade, onde pequenos fragmentos refletem a estrutura do todo. Esse comportamento é comparável a fractais visuais, como o conjunto de Mandelbrot.
2. Jackson Pollock e a Dimensão Fractal na Pintura
Jackson Pollock (1912–1956), pioneiro da técnica de dripping painting, criou pinturas abstratas que também exibem propriedades fractais. Usando latas de tinta e movimentos corporais dinâmicos, ele deixou marcas aparentemente caóticas em suas telas. Porém, análises matemáticas revelam que esse caos é estruturado de forma fractal.
- Autossimilaridade em Escalas Diferentes:
Ao ampliar detalhes das pinturas de Pollock, percebe-se que os padrões de respingos e linhas seguem regras similares em diferentes escalas, um comportamento típico de fractais.
- Dimensão Fractal Crescente:
Pesquisadores como o físico Richard Taylor analisaram as obras de Pollock e calcularam suas dimensões fractais. Eles descobriram que as dimensões variaram ao longo de sua carreira. Nos primeiros trabalhos, a dimensão fractal era menor (em torno de 1.1), mas em suas obras maduras, como *Blue Poles*, a dimensão fractal atingiu valores próximos de 1.7. Isso sugere que Pollock desenvolveu intencionalmente técnicas mais complexas ao longo do tempo.
Conexão com a Percepção Humana:
Estudos também indicam que pinturas com dimensões fractais próximas de 1.5 são particularmente agradáveis ao olho humano, pois equilibram simplicidade e complexidade. Isso pode explicar a atratividade universal das obras de Pollock.
Embora Bach e Pollock trabalhassem em meios muito diferentes (música e pintura), ambos criaram obras que refletem padrões fractais:
- Estrutura Hierárquica: Assim como as fugas de Bach têm múltiplos níveis de repetição, as pinturas de Pollock possuem detalhes fractais em escalas diversas.
- Equilíbrio Entre Ordem e Caos: Tanto a música de Bach quanto a arte de Pollock combinam elementos estruturados com aspectos aparentemente imprevisíveis, o que os torna fascinantes e atemporais.
A dimensão fractal, portanto, é uma ponte que conecta arte, ciência e a percepção humana, revelando a ordem subjacente em obras aparentemente caóticas.
Reprogramando Software para Criar Fractais Mais Complexos e Únicos
Os fractais são conhecidos por suas formas que se repetem em diferentes tamanhos, criando padrões autos similares. No entanto, eu decidi ir além dessa característica clássica. Reprogramei meus softwares de geração de imagens fractais para explorar algo diferente: criar formas mais complexas e caóticas, deixando as repetições tradicionais em segundo plano.
Agora, as imagens que gero destacam:
- Formas Abstratas Mais Ricas e Detalhadas: Trabalhei para que os padrões fractais fossem sobrepostos, criando texturas únicas e intrigantes.
- Mistura de Escalas: Em vez de repetir os mesmos detalhes em tamanhos diferentes, combinei padrões de escalas distintas para formar composições que parecem imprevisíveis, mas ainda assim harmônicas.
- Camadas Sobrepostas: Ajustei o software para adicionar camadas de detalhes, como se cada fractal fosse construído por várias "pinceladas" matemáticas. Isso cria uma profundidade visual impressionante.
O resultado, na minha opinião, são imagens que capturam a essência do caos e da complexidade, mostrando o lado mais artístico e experimental dos fractais. Cada obra é uma janela para a imprevisibilidade dos fractais, destacando sua capacidade de criar beleza além do padrão convencionais.
Mas eu só cheguei nisso porque tive excelentes professores de Matemática:
Professor Youzo Watanabe, no Colégio Técnico Industrial de Sorocaba e
Professor Francisco Antonio Lacaz Netto, chefe do Departamento de Matemática e reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Só para constar, por enquanto, Pollock morreu em 1956, e eu nasci nesse ano, mas (sempre existe um), nós dois eramos aquarianos, do dia 28 de janeiro.
E ai acontece, talvez pela primeira vez, mais uma coincidência, ou melhor, sincronicidade.
A conexão entre caos e sincronicidade
Sincronicidade: Conexões Significativas no Acaso
O conceito de sincronicidade foi introduzido por Carl Gustav Jung, referindo-se a eventos que ocorrem simultaneamente de forma significativa, mas sem uma relação de causa e efeito evidente.
Exemplo: Pensar em uma pessoa que você não vê há anos e, pouco depois, encontrar essa pessoa inesperadamente.
Jung acreditava que a sincronicidade era uma manifestação do inconsciente coletivo e um reflexo de como a mente humana está conectada ao universo. Ele via a sincronicidade como uma expressão de padrões mais profundos que ligam os eventos.
A Conexão Entre Caos e Sincronicidade
Padrões Ocultos:
A teoria do caos mostra que sistemas aparentemente aleatórios têm padrões subjacentes (atratores estranhos).
A sincronicidade sugere que eventos desconexos podem estar ligados por um significado oculto. Ambos apontam para uma ordem que transcende a percepção imediata.
Interconexão Universal:
No caos, pequenas mudanças podem impactar sistemas amplos, mostrando como tudo está conectado.
A sincronicidade também reflete essa interconexão, sugerindo que os eventos não estão isolados, mas fazem parte de uma rede maior.
Imprevisibilidade e Significado:
O caos é imprevisível, mas não completamente aleatório, como a sincronicidade, que emerge do acaso, mas carrega um significado para quem a percebe.
Uma Visão Combinada: Padrões no Acaso
Se a teoria do caos busca revelar as leis que organizam sistemas complexos, a sincronicidade pode ser vista como a experiência subjetiva dessas conexões.
Fractais no Caos e na Vida: Os fractais, uma parte da teoria do caos, mostram como padrões semelhantes surgem em diferentes escalas. Analogamente, a sincronicidade sugere que padrões significativos emergem em diferentes contextos da vida.
Perspectiva Sistêmica: Assim como o caos conecta fenômenos aparentemente separados por meio de variáveis ocultas, a sincronicidade conecta eventos por meio de significados não óbvios, sugerindo que ambos refletem uma visão de mundo interligada.
Essa conexão é, claro, mais filosófica do que científica. No entanto, tanto o caos quanto a sincronicidade nos desafiam a reconsiderar nossa visão de ordem, acaso e significado no universo.